Política

Decisão de Lacerda ainda não foi digerida pelo PSDB

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A decisão do prefeito Marcio Lacerda (PSB) de lançar o empresário Paulo Brant como candidato a sua sucessão de forma unilateral ainda não foi digerida dentro do PSDB. Desde a decisão, tomada na terça-feira, políticos tucanos tentam interpretar a postura do aliado e questionam o que teria levado Lacerda a destruir pontes com eles. Em conversa com a coluna, o deputado federal Marcus Pestana foi um dos que questionou a decisão. Embora ainda acredite ser possível, nos quase dois meses que antecedem o período das convenções, encontrar um caminho para reatar a parceria, ele foi duro nas críticas à forma com que foi feito o lançamento de Brant, de quem diz ser amigo há décadas.

“Há sete meses procurei discretamente o prefeito Marcio Lacerda, de quem sou amigo desde o final da década de 90, e fui da coordenação de sua campanha em 2008, para conversar sobre a sucessão de BH e para me oferecer como facilitador das conversas no mundo da política sobre dois grandes amigos comuns de longa data, Wilson Brumer e Paulo Brant. Disse que o consenso inicial entre as lideranças políticas era de que o candidato deveria ser um líder político experiente, e não uma saída técnica”, relembrou.

“Infelizmente, Marcio desencadeou um processo unilateral e fechado, inclusive à margem das duas lideranças que têm maior expressão na opinião pública da capital, Aécio e Anastasia. A arrogância e o isolamento não são boas conselheiras em política. As marcas da ingratidão e da traição também não são bem aceitas pela população”, reclamou Pestana.

O tucano chegou a lembrar da malhação de Judas e do tratamento a Joaquim Silvério dos Reis, delator de Tiradentes, para afirmar que os reflexos para o prefeito podem ser danosos. “Tenho certeza de que Marcio levará isso em conta. Ele foi introduzido e projetado na política por Aécio. Já deu as costas para o primeiro grande apoiador de 2008, que foi Pimentel (o governador Fernando Pimentel). Tenho convicção de que não romperá com o seu maior eleitor, Aécio”, ponderou.

Os tucanos demonstram preocupação com o sucesso dos dois partidos caso entrem na disputa separados, citando a provável candidatura de João Leite (PSDB). “Unidos somos fortes, separados estimularemos a pulverização, num quadro em que existem outros atores fortes como PMDB, PT, (Alexandre) Kalil (PHS), Délio (Malheiros, PSD), Eros (Biondini, PROS), Marcelo (Alvaro Antonio, PR). Estará em jogo não só o horizonte de BH, mas o de Minas”, disse.

Ele destacou que Lacerda poderia ser o candidato dos tucanos ao governo do Estado, em 2018, mas que, diante da atitude do prefeito, isso fica inviabilizado. “Se realmente materializar o rompimento, mesmo com um excelente nome como o de Paulo Brant, (Marcio) estará queimando os navios e se desabilitando a ser um de nossos candidatos majoritários em 2018, num momento delicado em que a sociedade está desconfiada do sistema político e, mais do que nunca, seria preciso união e responsabilidade entre os maiores líderes de nosso bloco político.

Exoneração definitiva

Após ser exonerado na última terça-feira da chefia da Secretaria de Obras e Infraestrutura da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Josué Valadão foi dispensado de sete conselhos da PBH ontem. Valadão poderá disputar o cargo de vice-prefeito em uma possível chapa com o empresário Paulo Brant, que foi oficializado ontem pelo PSB como o pré-candidato da sigla ao cargo de chefe do Executivo. Mas, segundo interlocutores do partido, o posto de vice ainda está em aberto. No lugar de Valadão, foi nomeado Ricardo Augusto Simões Campos, ex-presidente da Copasa.

Enfim. Após três anos de tentativas de conseguir uma audiência com a presidente Dilma Rousseff, o ex-senador Eduardo Suplicy finalmente foi recebido pela petista ontem no Palácio da Alvorada. “Ela aceitou a sugestão de constituir o grupo de trabalho para estudar as etapas da lei que institui a renda básica de cidadania”, afirmou Suplicy. Ele confia que Dilma poderá voltar ao cargo para tocar o projeto e afirma que Dilma explicou que a crise política vinha adiando o encontro.

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