Turismo

Que tal “pular” o Carnaval? Templo budista oferece extensa programação gratuita e aberta ao público durante todo o feriado

6 Min leitura

Com 3,3 mil metros quadrados de área construída em um terreno de mais de 72 mil metros quadrados em plena Serra do Japi, em Cabreúva (SP), retiro de meditação deve atrair turistas e moradores da região para um feriado diferente.

 

A apenas 80 km da capital paulista, com pouco mais de 45 mil habitantes e cercada pelas belezas naturais da Serra do Japi, Cabreúva é considerada por muitos um verdadeiro refúgio de fácil acesso. Durante o feriado de Carnaval, a cidade se prepara para receber mais turistas do que de costume, graças ao recorde de público que o Centro de Meditação Kadampa Brasil, o maior desta tradição em todo o mundo, tem alcançado desde o ano passado. Inaugurado em 2010 pela Nova Tradição Kadampa, com mais de 2.500 metros quadrados, o espaço conta ainda com alojamentos para retiro, cafeteria, área de descanso e leitura e belas paisagens.

Com uma série de atividades gratuitas e abertas ao público de sábado a terça-feira de Carnaval (25 a 28 de fevereiro), desde visitas monitoradas, preces cantadas e curtas sessões de meditação, o Templo espera atrair mais de 800 pessoas durante todo o feriado.

De acordo com a coordenadora de estudos do Templo, a monja budista Kelsang Lam-ma, entre 2015 e 2016 o número de visitantes triplicou. “Hoje nós recebemos em média mais de mil visitantes por mês, sendo que pelo menos 90% não são budistas. Antes, a média mensal era de 300 pessoas. As pessoas se sentem acolhidas aqui. Não queremos converter ninguém, nossa intenção é que todos os visitantes encontrem um pouco de paz interior inspirados pelas bênçãos deste lugar maravilhoso. O Templo não é dos budistas, é de todos”, explica a monja.

A programação inclui visitas públicas no sábado (25), das 14h30 às 15h30; no domingo (26), das 13h às 17h, com visita monitorada às 14h e preces cantadas às 15h. Na segunda e na terça (27 e 28 de fevereiro), o Templo recebe visitantes das 14h às 16h, com preces cantadas também às 14h. Além da programação aberta ao público, o Templo oferece um retiro especial durante todo o feriado, com pensão completa e hospedagem, para os interessados em se aprofundar na prática da meditação e de preces budistas. Durante o retiro, os participantes recebem bênçãos especiais de Buda Vajrapani, reconhecido entre os praticantes como o Buda do Poder Espiritual, e ensinamentos budistas incomuns de Tantra.

Além da programação de Carnaval, o Templo Kadampa oferece as visitações públicas normalmente aos finais de semana (aos sábados das 13h às 16h, domingos das 13h às 17h com visita monitorada às 14h, e também durante feriados).

Mais informações sobre cursos, palestras e sessões de meditação estão no site www.budismokadampa.org.br.

 

Sobre o Centro de Meditação Kadampa Brasil

Construído em 2010 com o auxílio de voluntários da Nova Tradição Kadampa, o Templo Kadampa Brasil é o maior da tradição budista em todo o mundo. O prédio principal tem mais de 3,3 mil metros quadrados e está localizando em uma propriedade de mais de 72 mil metros quadrados em meio às belezas naturais da Serra do Japi, no município de Cabreúva (SP).

Com três estátuas gigantes de Buda ao Centro, cada uma medindo 2,5 metros de altura por 2 metros de largura, e outras 14 menores ao redor, o altar é um dos grandes destaques do Templo. Durante a visita monitorada, que acontece todos os domingos às 14h, visitantes de todos os cantos do mundo e de toda e qualquer crença religiosa têm a possibilidade de aprender um pouco sobre o que significa cada representação, além de diversos símbolos espalhados pelas paredes e no piso.

No teto, uma enorme roda de madeira representa o ímpeto de Buda de dar ensinamentos após alcançar o nível máximo de sua capacidade mental, para que todos possam alcançar o mesmo estado, que é o responsável pelo estado de paz e felicidade tão desejado. Pelas paredes, deusas fazem oferendas como forma de agradecimento pelos ensinamentos de Buda.

O Templo Kadampa Brasil foi desenhado pelo fundador da Nova Tradição Kadampa, o monge tibetano Geshe Kelsang Gyatso, e foi projetado pelo monge residente e engenheiro Gen Kelsang Tsultrim, também professor responsável por todas as atividades e cursos. Inspirada nas imagens do palácio de um dos Budas da tradição, Buda Heruka, a arquitetura conta com quatro entradas indicadas por suntuosas portas de madeira, diversos ornamentos pintados de dourado e arcadas.

O piso, em granilite, traz o desenho de uma grande flor de lótus bem ao centro do Templo, que significa, segundo o monge Gen Tsultrim, que é possível alcançar a pureza da mente em um mundo tão impuro, assim como a flor de lótus brota linda e resistente em meio ao lodo.

Todo o Templo é mantido diariamente por meio do trabalho de voluntários e chega a receber mais de mil visitas por mês. Aliás, todo o Templo é mantido por trabalho voluntário. São praticantes que moram nas cidades próximas e despendem parte da semana ou apenas os finais de semana em trabalhos que vão desde a limpeza, manutenção, cozinha, cafeteria, recepção, loja de souvenires até as próprias aulas, cursos e palestras. Em um único final de semana, cerca de dez voluntários se revezam em todas estas atividades.

Entre os espaços que mais atraem turistas e visitantes, pergolados de madeira espalhados pelos jardins do Templo, com vista para a Serra do Japi, são os mais disputados. Um momento de descanso, meditação ou sentar-se para assistir ao pôr do sol é uma das principais atrações.

A cafeteria também costuma ser uma atração. Os vidros revelam a beleza da mata ao fundo e você consegue sentir a paz e a tranquilidade da serra apreciando um cappuccino especialmente preparado por voluntários.

Todo o entorno do Templo é formado por varandas onde os visitantes também podem se sentar para uma leitura ou para apreciar a paisagem. São tantos detalhes que é impossível registrar tudo de uma vez.

A área verde, que acompanha toda a vegetação da Serra do Japi, é composta por um grande trecho de reflorestamento, com espécies nativas da Mata Atlântica. Entre as flores, agapamthus, lavanda, lantana, lírio. Entre as árvores, a conhecida Bodhi é o grande destaque (foi embaixo dela que Buda meditava quando conquistou a iluminação), além de imbuias, ipês, cedros rosa, jatobás, jequitibás, palmeiras jussara, uvaias, patas de vaca e paus ferro.

Já entre os animais que dividem espaço na mais perfeita harmonia com frequentadores e moradores locais, as atrações costumam ser as corujas, além dos quero-quero, gaviões, lebres, seriemas, ouriços, lagartos, capivaras, borboletas, macacos, jacu, jacutingas, veados e tucanos.

Para quem se hospeda no Centro de Meditação Kadampa Brasil para retiros e cursos mais longos, a infraestrutura do local conta com 16 chalés de madeira, com capacidade para aproximadamente 100 hóspedes, com opções desde os coletivos, triplos, duplos ou individuais. O Templo oferece roupas de cama e de banho e o banheiro é coletivo em qualquer das opções. Há ainda um grande espaço reservado para camping.

Está em construção, desde o fim do ano passado, um novo prédio em alvenaria com 24 novos dormitórios, o que deve dobrar a capacidade atual. A previsão é de que esteja pronto em novembro, quando o Templo sedia um grande evento budista internacional e deve receber praticantes do mundo todo.

A cozinha é um capítulo a parte no Templo Kadampa. Mantida somente com o trabalho de voluntários, o cardápio – vegetariano – muda semanalmente e garante aos visitantes uma mistura de sabores, temperos e muito amor pelo que se faz. Um grupo de cozinheiros se reveza todos os finais de semana para garantir que todas as refeições sejam servidas fresquinhas e com o melhor sabor. A feijoada vegetariana está entre os pratos mais pedidos.

 

SERVIÇO

Carnaval no Centro de Meditação Kadampa Brasil (Templo Kadampa)

  • De 25 a 28 de fevereiro.
  • Endereço: Av. Cláudio Giannini, 2035 – Distrito do Jacaré – Cabreúva, São Paulo.
  • Informações e inscrições: www.budismokadampa.org.br

 

Programação gratuita durante o Carnaval

  • Sábado (25) – visita pública das 14h30 às 15h30.
  • Domingo (26) – visita pública das 13h às 17h, com visita monitorada às 14h e preces cantadas das 15h às 16h.
  • Segunda e terça (27 e 28 de fevereiro) – visita pública das 13h às 16h, com preces cantadas também às 14h.

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