A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), começou a instalar coletores de pilhas e baterias nos prédios públicos da administração municipal na quinta-feira, dia 10, às 10h, na Escola Municipal São Rafael (Rua Coronel Otávio Dinis s/nº, bairro Pompéia), na região Leste, quando será ministrada uma palestra e serão distribuídos panfletos para os alunos. O objetivo é buscar uma forma de incentivar a população a realizar o descarte correto desses produtos. Os coletores também serão instalados nesta quinta no Restaurante Popular (Avenida do Contorno, 11.484, Centro), às 11h30.
Segundo o vice-prefeito e secretário municipal de Meio Ambiente, Délio Malheiros, o trabalho é uma iniciativa da Gerência de Educação Ambiental da SMMA, que buscou formas criativas para colocar o projeto em funcionamento, sem custos para a administração pública. “Vamos utilizar recipientes de água mineral de 20 litros, que foram doados, para a captação das pilhas e baterias. Quando cheios, a coleta será feita pelo grupo EKO, que dará destinação aos resíduos. Nosso trabalho é conscientizar e incentivar o descarte correto, tendo a população como parceira por meio de ações de educação e respeito ao meio ambiente. É importante sabermos da responsabilidade de cada um com a natureza”, afirma.
As pilhas e baterias de uso doméstico, embora muito importantes para fazer funcionar uma série de produtos utilizados na vida cotidiana, apresentam perigo quando descartadas incorretamente. Na composição dessas pilhas são encontrados metais pesados como cádmio, chumbo e mercúrio, que podem ser perigosos para a saúde humana. Quando jogados no lixo doméstico, esses itens vão parar em aterros sanitários ou lixões, onde liberam componentes tóxicos que podem contaminar o solo e os lençóis freáticos.
Segundo Cidinha Campos, gerente de Educação Ambiental da SMMA, as pilhas e baterias em funcionamento não oferecem riscos, uma vez que o perigo está contido no interior delas. “O problema é quando elas são descartadas incorretamente e passam por deformações na cápsula que as envolvem. Elas amassam e estouram, deixando vazar líquido tóxico. Esse líquido se acumula na natureza e a contaminação pode acabar prejudicando a agricultura e a hidrografia”, explica.
A expectativa da SMMA é instalar coletores em todas as escolas municipais até o fim de 2016. “A dica é usar pilhas recarregáveis sempre que possível pois além de poupar dinheiro, é reduzida a quantidade lixo produzido em casa e, consequentemente, a quantidade de lixo nos aterros sanitários”, completa Délio Malheiros.