Técnicas de reprodução assistida permitem que pacientes oncológicas mantenham vivo o desejo da maternidade
A conscientização sobre a importância do autoexame, da mamografia e do diagnóstico precoce do câncer de mama são a tônica do Outubro Rosa. Contudo, um outro aspecto também merece atenção, embora nem sempre seja discutido: a preservação da fertilidade. Parte das mulheres diagnosticadas com câncer de mama encontra-se em idade reprodutiva, ainda têm planos de ter filhos, e muitas delas não têm conhecimento de que os tratamentos oncológicos, como radio e quimioterapia, podem causar infertilidade.
De acordo com o Dr. Ricardo Marinho, ginecologista especializado em reprodução assistida da clínica Pró-Criar, as chances de cura do câncer de mama chegam a 90% se diagnosticado precocemente. Diante desse prognóstico tão favorável, a preservação da fertilidade deveria ser abordada pelo mastologista logo nas primeiras consultas. “A medicina reprodutiva disponibiliza algumas técnicas para preservar a possibilidade de gravidez futura. A escolha do método mais adequado deve ser feita em conjunto com o mastologista e o oncologista e levar em consideração fatores como idade da paciente e o tempo hábil até o início do tratamento”, afirma.
Atualmente, a criopreservação de óvulos é a opção mais indicada. Para se congelar óvulos, é preciso induzir a ovulação por meio de medicamentos, de forma a se extrair o maior número possível de células reprodutivas. O procedimento leva de 10 a 15 dias para ser completado, uma vez que os óvulos precisam amadurecer antes de serem coletados. Se a mulher estiver em um relacionamento estável, e assim desejar, ela poderá recorrer ao congelamento de embriões, ou seja, fertilizar em laboratório os óvulos com o sêmen do parceiro.
Segundo o especialista da Pró-Criar, apesar de o congelamento de óvulos ser o método mais comum, existem situações para as quais a técnica não é a mais indicada, como nos casos em que existe muito pouco tempo até o início da quimioterapia. Uma outra situação seriam as doenças malignas que ocorrem em meninas antes da puberdade. Nesse caso, é recomendada a criopreservação de tecido ovariano. Parte do tecido é retirado e congelado. Após a liberação do oncologista, eles poderão ser reimplantados no organismo da mulher para ela tentar a gravidez naturalmente ou por fertilização in vitro. “Apesar de já ser realizada em alguns países, essa técnica ainda é considerada experimental por não estar completamente padronizada, embora seja promissora”, ressalta.
Independentemente do método a ser utilizado, Dr. Ricardo Marinho enfatiza que o principal é que os médicos orientem seus pacientes sobre o risco de infertilidade durante o tratamento. “À medida que a sobrevida de pacientes oncológicos aumenta, questões relacionadas à qualidade de vida passam a ser consideradas e, nesse contexto, um dos pontos mais importantes é a possibilidade de preservar a fertilidade para uma futura maternidade”, finaliza.
Sobre a Pró-Criar
A Pró-Criar, especializada em reprodução assistida, comemora 19 anos de atuação em 2018. A clínica tem como objetivo primordial aliar procedimentos técnicos a um atendimento acolhedor àqueles que buscam tratamento de fertilidade. Fundada pelo Dr. João Pedro Junqueira Caetano, atual presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana – SBRH, em fevereiro de 1999, a Pró-Criar é formada por uma equipe multidisciplinar de ginecologistas, embriologistas e psicólogos com larga experiência em todas as áreas da reprodução humana. Em fevereiro de 2018 passou a integrar o Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva.
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