O Tesouro Nacional deve desembolsar, entre 2012 e 2015, R$ 79,75 bilhões às empresas via financiamentos pelo BNDES. De acordo com o secretário de Política Econômica do ministério da Fazenda, Márcio Holland, 34% desses recursos são destinados a 270 mil micro e pequenas empresas. Além disso, os investimentos em energia eólica e no setor do etanol também estão sendo subsidiados pelo banco.
Ainda assim, há críticas. Pessoas contrárias ao governo apelidaram essa política de “bolsa empresário”. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que os subsídios fossem obrigatoriamente calculados pela União, ao contrário do que queria o Planalto.
Ao total, essas iniciativas devem consumir R$ 30,57 bilhões de um total de R$ 90,6 bilhões programados pela gestão Dilma Rousseff a serem usados como benefícios e créditos só no ano de 2015.
Mas essa pressão nas contas públicas para financiar projetos empresariais via BNDES devem surtir efeitos “imensamente superiores” aos gastos do governo com os subsídios, segundo o secretário Márcio Holland. De acordo com ele, a conversão desses investimentos em arrecadação de impostos das cadeias produtivas, formalização do emprego, manutenção da produção, aumento dos investimentos empresariais, inovação, desenvolvimento regional e ajuda às micro e pequenas empresas são compensadores.
Os dados dos subsídios foram encaminhados ao Congresso Nacional como informação complementar ao plano orçamentário do ano que vem.