O Brasil lutou, atacou, pressionou, mas ainda assim perdeu para a Suécia nos pênaltis na semifinal do futebol feminino na Olimpíada Rio 2016. A seleção brasileira havia vencido as suecas por 5 a 1 na fase de grupos, mas desta vez a história foi diferente. Depois de eliminar a Austrália nos pênaltis nas quartas de final, a seleção brasileira parou na atuação espetacular da goleira sueca Lindahl e na retranca da equipe europeia, que se recusou a jogar. Passou os 90 minutos do tempo normal e os 30 da prorrogação na defesa, com raras chegadas ao ataque em contra-ataques. O Brasil agora espera o perdedor de Canadá x Alemanha para saber quem será o adversário na disputa da medalha de bronze, na sexta-feira.
“Saímos de cabeça erguida. Claro que estamos chateadas, queríamos o ouro. Fizemos tudo o que podíamos e vamos em busca do bronze com muito orgulho”, disse a zagueira Mônica, chorando, ainda no gramado do Maracanã. Cristiane, maior artilheira do futebol (entre homens e mulheres) da história dos Jogos Olímpicos, ficou fora da maior parte do jogo. Só entrou na prorrogação. Ela passou os últimos dias tratando uma lesão no tornozelo, que não sarou totalmente. Mesmo assim foi para o jogo quando o time precisou. Perdeu um dos pênaltis defendido pela goleira sueca, mas, assim como todas as outras jogadoras, saiu aplaudida de campo. “É complicado sair numa semifinal que só deu Brasil mais uma vez. É a segunda ou terceira Olimpíada que só dá a gente e no final saímos eliminadas. Só tenho a agradecer que nos apoia e torce por nós”.
As meninas do Brasil voltam a campo na sexta-feira para jogar pelo bronze. A partida será contra o vencedor de Alemanha x Canadá, mas o resultado pouco importa. É unanimidade: a seleção feminina representou muito bem o país na Olimpíada Rio 2016.