O ex-treinador Carlos Alberto Silva, campeão com brasileiro com o Guarani e medalhista de prata com a seleção brasileira, morreu na manhã desta sexta-feira (20) aos 77 anos. A informação foi confirmada por funcionários da Ibiza Turismo, empresa da qual ele era dono, e pelo clube de Campinas.
Segundo a empresa, os familiares de Carlos Alberto estão muito abalados com a notícia. A causa da morte, que aconteceu em na casa do treinador em Belo Horizonte, ainda não foi divulgada.
Carlos Alberto Silva passou por uma cirurgia no coração no fim de 2016 e estava em casa ainda em fase de recuperação. O ex-treinador teria ido dormir normalmente na última quinta-feira e não acordou nesta manhã.
O Guarani afirmou que ainda espera o posicionamento de familiares sobre velório e enterro e que já planeja uma homenagem para o ex-treinador. O clube também se manifestou sobre a morte de Carlos Alberto em sua página no Twitter: “Obrigado por tudo, mestre”, escreveu.
Natural de Belo Horizonte, Carlos Alberto se formou em educação física e ganhou notoriedade no mundo da bola logo em seu primeiro trabalho, quando conduziu o Guarani ao seu primeiro e único título brasileiro da história. A conquista aconteceu em 1978, quando os campineiros bateram o Palmeiras na grande decisão.
Depois de alcançar tal feito, chamou atenção de grandes clubes brasileiros e logo foi contratado pelo São Paulo, onde acumulou dois títulos em duas passagens. Na primeira experiência, entre 1980 e 1981, foi campeão paulista logo no primeiro ano. Depois, comandou o clube paulista entre 1989 e 1990, também levantando uma taça do campeonato estadual.
Além do São Paulo, acumulou passagens por Atlético-MG (onde foi campeão mineiro), Santa Cruz (campeão pernambucano), Sport, Cruzeiro, Corinthians, Palmeiras, Goiás, América-MG e Santos.
No exterior, Carlos Alberto Silva foi bicampeão português com o Porto, em 1992 e 1993, e também conquistou o campeonato japonês com o Yomiuri Kawasaki, em 1991.
Entre 1987 e 1988, ainda teve a oportunidade de comandar a seleção brasileira. À frente do time nacional, foi campeão dos Jogos Pan-Americanos de 1987 e conquistou a medalha de prata um ano depois na Olimpíada de Seul, sendo derrotado por 2 a 1 na prorrogação da decisão contra a União Soviética.
Também ídolo do Guarani, Amoroso chegou a usar sua página no Twitter para se despedir de Carlos Alberto.