O cenário era igual e o assunto misturava política, futebol e dinheiro. Alexandre Kalil, oito meses depois de pedir socorro à presidente Dilma Rousseff para liberar o dinheiro da venda de Bernard, voltou ao auditório na sede do Galo para desistir da candidatura a deputado federal e minimizar as dificuldades financeiras que o clube mineiro enfrenta.

O presidente do Galo encerra sua participação no pleito de 2014, aliviado por voltar a focar na administração do Atlético. “Eu não nasci para ser político, nasci para ser presidente do Atlético”. Kalil viu que na política não teria a mesma função que exerce no Atlético. Admitiu que não se sentia motivado para virar deputado.

Agora, ele tem mais quatro meses para deixar o clube em uma situação boa, tanto dentro quanto fora de campo. Em relação aos salários atrasados, o Galo segue no atraso. Mas Alexandre Kalil afirmou que outros clubes no Brasil possuem um cenário bem mais negativo que o  alvinegro de Minas.

“Resolvemos um mês (de salário atrasado), resolvemos mais meio direito de imagem. Tem clube que paga salário em dia e fica cinco meses de direito atrasado. Estamos acertando, a saúde financeira está muito ruim no futebol brasileiro, empurrar isso para o Atlético é sacanagem”, completou o cartola.

Apesar de patinar no Campeonato Brasileiro, o Atlético faz um bom ano na visão do seu máximo chefe. Kalil valorizou a conquista da Recopa diante do Lanús e diz que o time tem condições de ir para o G-4 do Campeonato Brasileiro.

“O Atlético jogou mal contra o Flamengo. Contra o Figueirense mereceu ganhar o jogo. Estávamos há quatro jogos sem perder. Vamos acabar o ano bacana. Estamos com nariz em pé e queremos mais”.