Com show de lançamento marcado para 14 de abril, o trabalho apresenta 12 faixas autorais definidas pelo artista como um pop suave, simples e verdadeiro
No dia 14 de abril, sábado, a partir das 15h, o artista mineiro Campos Rosa subirá ao palco do Odara (R. Arthur de Sá, 380, União, Belo Horizonte/MG) para o show de lançamento do seu primeiro disco, ‘Na Verdade’. O trabalho, 100% autoral, com letras e melodias criadas pelo próprio cantautor, versa sobre natureza, questões existenciais, relacionamentos, dor, amor e descobertas da vida.
A concepção de ‘Na Verdade’ teve início em 2014, quando Campos Rosa começou a ter ideias para as melodias. “Geralmente, tenho a ideia inicial de uma melodia e, a partir daí, vou experimentando, criando. A letra costuma vir no final”, explica o artista, que amadureceu o trabalho e, após pouco mais de três anos, apresenta ao público o resultado: um disco de pop elegante e original, composto por canções palatáveis e radiofônicas, com influências que vão do samba ao pop rock, passando pela música mineira e o rock alternativo, com pitadas de psicodelismo e elementos que remetem a Clube da Esquina, Beatles e Nando Reis.
De acordo com o músico, a música ‘Na Verdade’ foi escolhida para dar nome ao trabalho porque representa o momento em que decidiu focar no estilo atual. “O que acho mais interessante é que ‘Na Verdade’ é ambíguo. É uma expressão de esclarecimento, mas também pode ser entendida como ‘dentro da verdade’, que é o significado que prefiro. O processo de composição deste disco foi uma busca pela minha verdade. A música sempre esteve na minha vida, mas agora se faz presente de uma forma diferente, com mais responsabilidade”, conta o artista. “A canção começa com um clima conflituoso, mas evolui para um final feliz: um processo de cura, aprendizado e aceitação. Por isso a escolhi como título do disco”, completa.
O disco, que contém 12 faixas, contou com um time de músicos talentosos. As guitarras foram gravadas por Noah Haas, músico americano radicado no Brasil, que traz influências do jazz e do soul. A cozinha é composta pelo baixista Diego Mancini, formado pela Los Angeles College of Music, e pelo baterista Pedro Ramalho, cuja bagagem musical confere ao disco uma pegada mais brazuca. Os teclados ficaram por conta de Leonardo Marques, que também assina a produção do projeto. “Decidi gravar com o Léo depois de escutar o trabalho solo dele e os álbuns do Transmissor. Curti demais o climaclean dos arranjos e os timbres que ele usa: acho que casam bem com o meu som”, explica o cantautor. “Na Verdade” também conta com as participações de Marcos Sarieddine (teclado), Ygor Rajão (trompete) e Rodrigo Garcia (violoncelo). Campos Rosa conduz com maestria o vocal, violão e guitarra.
Campos Rosa
Daniel Campos Rosa adotou seu sobrenome como nome artístico. Com 36 anos, o mineiro dedicou grande parte de sua vida à música. “Sempre tive uma ligação forte com a música. Minha mãe diz que, quando eu tinha uns 3 anos, ficava cantarolando ‘American Pie’ do Don McLean. Meus pais moraram nos EUA e retornaram pouco antes de eu nascer. Trouxeram muitos discos de artistas como o próprio Don McLean, John Denver, Peter, Paul & Mary e, é claro, os Beatles. Lembro-me de ficar viajando naqueles vinis, olhando as fotos e as letras”, conta.
Antes de focar no pop e conceber seu primeiro disco, Campos Rosa passeou por outros estilos. No fim da adolescência, tocava guitarra em bandas de rock. Porém, sua maior atuação profissional foi num segmento bem diferente daquele ao qual se dedica atualmente. “No começo dos anos 2000, fiquei fascinado pelo choro e comecei a aprender a tocar violão de 7 cordas. Nessa época, deixei o rock um pouco de lado. Toquei choro e samba por uns 10 anos. Fundei e fiz parte de um conjunto chamado Piolho de Cobra, que tocou bastante nas casas aqui de BH. Depois, em 2012, formei um grupo de samba chamado Angenor. Os dois conjuntos existem até hoje”, explica.
De acordo com Campos Rosa, o choro foi uma grande escola em termos de percepção musical. “Depois dessa época intensa de samba e choro, rolou um hiato, um certo vazio, onde o que eu andava fazendo musicalmente não me preenchia mais e, ao mesmo tempo, ainda não tinha achado nada para substituir. Foi então que, no fim de 2014, compus a primeira música do “Na Verdade”: “Uma Canção”. Veio assim, num momento de tristeza e solidão, e me trouxe uma espécie de acolhimento, um calor mesmo estando ali sozinho. Aí gostei do resultado e comecei a compor mais. 2015 e 2016 foram anos bem frutíferos nesse sentido. Tinha muita ideia de música, muita melodia me vindo à cabeça. E foi uma coisa natural ir compondo as músicas do disco, apesar de isso exigir um esforço novo para mim, que estava acostumado a tocar coisas do outros”, completa o artista, que não se lembra exatamente quando decidiu gravar o disco, mas pontua que o processo foi iniciado com o seu amigo guitarrista, Noah Haas, com quem criou os primeiros arranjos do álbum.
O passo seguinte foi convidar outros músicos para formar a banda, já com foco na gravação do disco. “Começamos a gravar o ‘Na Verdade’ em maio de 2017 e, nesse mesmo ano, fizemos o show de estreia na FUNARTE. Foi um showzaço! Saí do palco extremamente feliz em poder mostrar essa minha nova fase às pessoas”, finaliza o músico, ansioso por apresentar ao público o resultado do trabalho.
Faixas do disco:
1 – Algodão (05:41)
2 – Uma Canção (02:58)
3 – Imperfeito (03:24)
4 – Nós Dois (02:58)
5 – Na Verdade (03:44)
6 – Quando Eu Sonhava (06:20)
7 – Nunananê (04:31)
8 – Te Querer (03:43)
9 – Sem Motivo (05:44)
10 – Ritmo de Fé (03:20)
11 – Violeiro (02:49)
12 – Luz do Sol (04:16)
Disponível nas plataformas digitais.
Serviço:
Campos Rosa – show de lançamento do disco “Na Verdade”
Data: 14 de abril, sábado
Horário: 15h
Local: Odara (R. Arthur de Sá, 380, União, Belo Horizonte/MG)
Ingressos: R$ 20 (sem o CD) e R$ 30 (com o CD) – vendas no local ou pelo site www.sympla.com.br
Classificação etária: livre