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Desmatamento na Amazônia Legal aumenta 427% em novembro em relação ao mesmo mês de 2013

RIO – O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) detectou 195 quilômetros quadrados de área desmatada na Amazônia Legal em novembro deste ano. De acordo com relatório divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), isso representa um aumento de 427% em relação ao mesmo mês de 2013, quando o degradação foi de 37 quilômetros quadrados. Foram monitorados 67% da área florestal pela ONG, enquanto que, no mesmo período do ano passado, o monitoramento cobriu 42% do território.

No mês passado, a supressão total da floresta para outros usos alternativo do solo se concentrou no Pará (70%) e no Mato Grosso (18%), com menor ocorrência em Roraima (5%), Amazonas (4%), Amapá (1%), Rondônia (1%) e Acre (1%).

As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 86 quilômetros quadrados em novembro de 2014. Em relação a novembro de 2013 houve um aumento de 855%, quando o desmatamento foi de 9 quilômetros quadrados.

O desmatamento acumulado no período de agosto a novembro de 2014, correspondendo aos quatro primeiros meses do calendário oficial de medição, atingiu 1.278 quilômetros quadrados. Isso significa aumento de 247% em relação ao mesmo período no ano anterior, quando atingiu 368 quilômetros quadrados.

O Pará lidera o ranking com 27% do total desmatado no primeiro quadrimestre deste ano. Em seguida, aparecem Rondônia (26%) e Mato Grosso (24%). Em termos relativos, houve aumento expressivo de 940% no Mato Grosso e 495% em Roraima.

Em termos absolutos, os estados também figuram entre os três com maior desmatamento acumulado: 343 quilômetros quadrados no Pará, 327 em Rondônia e 312 em Mato Grosso.

Em novembro de 2014, o SAD registrou 86 quilômetros quadrados de florestas intensamente exploradas pela atividade madeireira e/ou queimadas. Desse total, a grande maioria (93%) ocorreu no Mato Grosso, seguido por Roraima (4%), Amapá (2%) e Pará (1%).

Do total de floresta devastada, 64% ficam em áreas privadas

No mesmo mês, a maioria (64%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em assentamentos de reforma agrária (31%), unidades de conservação (4%) e terras indígenas (1%).

Entre os 61 quilômetros desmatados em áreas de reforma agrária, os três assentamentos mais afetados ficam no Pará: o de PDS Liberdade, no município de Pacajá, com 12,3 km²; PDS Serra Azul, em Monte Alegre, com 4,3km²; e PA Bom Jardim, também em Pacajá, 4,1 km².

Já nas unidades de conservação, foram 7 quilômetros quadrados de desmatamento, com destaque para as florestas estaduais do Paru (Pará) e do Amapá, além da Área de Proteção Ambiental do Maroaga (Amazonas), cada uma com uma árede de degradação variando entre 1 e 2 km².

No caso das reservas indígenas, foram detectados 2 quilômetros quadrados de desmatamento na TI Xingu (Mato Grosso), TI Andirá-Marau (Amazonas), TI Apyterewa (Pará) e TI Cachoeira Seca do Iriri (Pará).

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