Cerca de 300 moradores da Granja Werneck, compostas pelas comunidades Vitória, Rosa Leão e Esperança, residentes na região do Isidoro, divisa entre Belo Horizonte e Santa Luzia, ocuparam uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF), na manhã desta sexta-feira (22). Segundo a Polícia Militar, o protesto ocorre de forma pacífica.
O grupo informou que só deixará o local, na avenida do contorno, na Savassi, região Centro-Sul da capital, após conseguirem marcar reunião com o superintendente do banco. Com o protesto, os manifestantes querem discutir a situação da ordem de despejo das famílias que moraram na Granja Werneck. “A Caixa, gestora operacional dos recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida, é responsável direta pelo desalojamento das 8 mil famílias que construíram suas casas nas ocupações do Isidoro”, disse o grupo em comunicado enviado à imprensa.
“É um contra senso absurdo que milhares de famílias pobres sejam repentinamente desalojadas sob o pretexto de se construir habitação de interesse social via Programa Minha Casa, Minha Vida. O argumento não se sustenta e o quadro é agravado pela disposição dessas famílias de lutarem por suas casas, o que prenuncia uma grande tragédia, de proporções jamais vistas no estado de Minas Gerais. Enquanto a política habitacional ficar sob a gestão de um banco, como a Caixa Econômica Federal, a moradia será tratada como mercadoria e não como direito”, prosseguiu o grupo no comunicado.
A CEF foi procurada pela reportagem, mas informou que só irá se manifestar por volta das 15 horas.