A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (26) a Operação Burolano, com objetivo de investigar fraudes em pregões eletrônicos para aquisição de móveis pelo Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit).
Segundo a PF, a investigação, iniciada em 2020, a partir de auditoria realizada pela Secretaria de Controle Externo de Contratações Logísticas do Tribunal de Contas da União (TCU), identificou a “existência de um possível esquema de direcionamento ilícito em pregões eletrônicos e superfaturamento na aquisição de mobiliário para diversos órgãos públicos, notadamente, o Dnit, ocorridos entre 2016 e 2017, o que configura a possível existência de um cartel entre empresas com atuação em licitações da Administração Pública Federal”.
Os policiais federais cumprem 22 mandados de busca e apreensão, no Distrito Federal (DF) e em São Paulo, e de sequestro de bens e valores na ordem de R$ 12 milhões. As ordens judiciais foram expedidas pela 15ª Vara Criminal Federal do DF.
Nota
O Dnit divulgou nota informando que o órgão “colabora com a investigação, no que se refere a contratos executados em 2016 e 2017, visando a completa elucidação dos fatos”. Ainda, segundo o Dnit, “as instâncias de integridade da Autarquia também estão apurando os fatos a fim de adotar as medidas administrativas que forem necessárias”.
Nome da operação
De acordo com a PF, o nome da operação, Burolano, significa o burocrata que trabalha nos escritórios. “Tendo em vista que se trata de investigação relativa à aquisição de mobiliário, faz-se a ilação de que esses móveis seriam adquiridos para a “buroleia”.
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