O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, exaltou, nesta quarta-feira (6), o papel do cinema no desenvolvimento do país. “O cinema tem papel fundamental no que podemos falar de humanização e de um projeto de país. Temos que ver a arte como forma de ensinar e de tornar o país mais democrático”.
O ministro participou do lançamento da 13ª Mostra Cinema e Direitos Humanos, no Cine Arte da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Silvio Almeida também exaltou a importância da arte como ferramenta essencial para a construção do imaginário de um país, “que é também memória e justiça. É em momentos mais caóticos, mais difíceis, que a gente pode apostar no valor da arte”.
Referindo-se aos 11 meses de gestão, o ministro assegurou que ainda vai “fazer muita coisa”. “E precisamos fazer. Neste momento, tem gente morrendo pela violência, sendo humilhado, doente porque não tem água e saneamento, sofrendo na fila do hospital. Tem gente sendo acossada pelo crime organizado. É por todos que temos que seguir em frente”, manifestou.
O MDHC trabalha em quatro eixos: educação, comunicação, proteção e promoção da vida, “e com cidadania. Por isso, essa mostra é importante, divulgando direitos e dando voz a quem precisa ser ouvido” disse o ministro.
Mostra
O cineasta Silvio Tendler é o homenageado desta edição da Mostra, realizada pelos Ministérios da Cultura e dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), com produção do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF.
A 13ª Mostra inclui exibição de filmes e oficinas de cinema e educação. As atividades terão início neste mês de dezembro, para a formação de multiplicadores, alcançando mais de 700 professores, que utilizarão filmes como ferramentas de ensino.
A agenda vai até março de 2024, quando acontecerão exibições gratuitas nas 26 capitais e no Distrito Federal. A mostra acontece depois de três anos sem ser realizada e constitui um marco da atual gestão do MDHC. Para a assessora especial em Educação e Cultura em Direitos Humanos no MDHC, Letícia Cesarino, o evento simboliza a “retomada das políticas e participação social em direitos humanos, em um horizonte de reconstrução e esperança renovada para o país”.
Os filmes selecionados enfocam grupos em situação de vulnerabilidade e os seus direitos. O objetivo é promover, através do cinema, debates sobre temas como prevenção e combate à tortura e ao genocídio, democracia e enfrentamento ao extremismo, direito à participação política, segurança, diversidade religiosa, memória, verdade, saúde mental, cultura e educação.
Serão abordados também a promoção e defesa dos direitos de mulheres, idosos, crianças e jovens, pessoas com deficiência, população em situação de rua, povos indígenas, LGBTQIA+ e o combate à homofobia, ao racismo e a outras formas de discurso de ódio, além da proteção aos defensores dos direitos humanos.
Além das capitais, a ação chegará ao interior, em uma segunda etapa. Nessa primeira fase, haverá atividade para educadores em Palmas (TO), Niterói (RJ), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO) e São Cristóvão (SE). As oficinas nessas cidades acontecerão no dia próximo dia 12. As inscrições já estão abertas para qualquer pessoa interessada nas relações que podem ser construídas entre cinema, educação e direitos humanos.
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