Desta vez não vou fazer críticas, desta vez não vou apontar falhas e erros estratégicos.
Hoje vou falar sobre o que eu sinto sobre os Jogos e o espírito Olímpico.
Bem, vamos lá…
“O importante não é vencer, mas competir e com dignidade!”.
Este era o lema adotado pelo educador francês, Pierre de Frédy, o famoso, Barão de Coubertin.
As Olimpíadas não são uma competição para determinar quais os melhores atletas, selecionar os vencedores, coroar os maiores e mais extraordinários. Seu sentido é expor o que a humanidade pode fazer de melhor quando deseja ser o melhor.
Os Jogos Olímpicos mantêm a população de todo o mundo por pouco mais de duas semanas suspensa no ar. Dezessete dias de emoções a todo instante, no calor das disputas, na reação aos resultados.
No fundo, é o sentimento querendo entender o que isso tudo pode significar nos rumos da humanidade. Sempre a ideia de congraçamento num mundo concreto bem diferente.
Um homem que bate no outro, ou um país que ganha uma guerra, não prova que tem razão, mas apenas que é mais forte.
Depois fica o ressentimento, a raiva surda, o ódio velado germinando a vingança a explodir mais à frente em novo conflito. O sonho e a esperança são inesgotáveis em rechaçar a violência. “É a luta para se viver em paz”, como ensina a bela canção de João Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro.
No perde e ganha da vida diária, a procura pelo caminho da luz. Primeiro com os filhos, agora com os netos, sempre procurei, sem encontrar, um lugar para as crianças se desenvolverem de maneira integral. Sem iniciar pelo “pé quebrado” das escolinhas desse ou daquele esporte. Ficar na atividade com a qual mais se identificam de modo natural. Não consigo.
O que mais me impressiona nos Jogos Olímpicos é o congraçamento de todas as nações. Há mais países representados nesta grande festa do esporte que na ONU.
As Olimpíadas são o prenúncio de um outro mundo possível, o mundo solidário no qual a humanidade viverá como uma grande família. Em uma família as pessoas são diferentes, possuem talentos e aptidões distintos, mas todos têm os mesmos direitos e oportunidades.
Assim deveriam viver os 7 bilhões deste planeta que ocupa a terceira órbita do sistema solar, e onde – dizem – há vida inteligente.
Thiago Muniz tem 33 anos, colunista dos blogs “O Contemporâneo”, do site Panorama Tricolor e do blog Eliane de Lacerda. Apaixonado por literatura e amante de Biografias. Caso queiram entrar em contato com ele, basta mandarem um e-mail para: thwrestler@gmail.com. Siga o perfil no Twitter em @thwrestler.