por: jornalista Geraldo Félix
Não estou mais inserido diretamente nessa política corrupta e suja que vivemos. Mas é um vício para quem busca liberdade a esse povo sofrido. Certamente que MG é um celeiro de lideranças, ainda que hoje venha perdendo espaço no cenário político nacional, porque depois de JK, nenhum político se projetou tanto. O próprio golpe dos militares foi o início de todo esse processo de esvaziamento político. A partir do momento em que a UDN e o PSD foram extintos pelos novos donos do poder.
Os dois partidos eram a essência política de Minas, com lideranças notáveis, representando os interesses de uma única classe social, a burguesia. Classe essa que não faço parte. Não resta a menor dúvida sobre isso, Eram dois times de primeira, com verdadeiros craques no campo político. De um lado, o Partido Social Democrático, com Israel Pinheiro, José Maria Alkimin, Tancredo Neves e Juscelino Kubitschek, e, do outro, a União Democrática Nacional, com Milton Campos, Pedro Aleixo e José de Magalhães Pinto. Quem sempre ganhava era Minas…
Hoje eu analiso essa situação com tranqüilidade e acho que iam impedir de toda forma que ele governasse.
Acredito que o parlamentarismo não deu certo porque o Brasil não tem partido feitos à base de doutrinas. Os partidos políticos no Brasil são feitos à base de conveniências.
Elegemos o PT (todos nós adoravamos Lula), mas o Poder o corrompeu, assim como fez com tantos outros FHC, Aécio e por ai vai…. Perdemos a essência política, o povo espera sentado as mudanças políticas. Nessas eleições que podíamos exercer nosso direito de mudanças, estamos estagnados e vamos votar nos mesmos que já estão aí, outros nem mais interessam em votar, mas mesmo assim continua a reclamar.
É esse tipo de política que tem que deixar de existir.
É esse tipo de politica que beneficia A e B e não beneficia o trabalhador. Vivemos em 2016, e acredite ainda hoje lá no Pará, existe pessoas que não tem direito a uma dignidade na vida, porque os políticos digo Coronéis ainda dominam o espaço.
Agora, essas “manifestações” orquestradas, depois do “impichamento”, com brados retumbantes de “Fora, Temer!”, já torraram a paciência. Infestam cidades, incomodam os cidadãos e o trânsito, sem o menor resultado, a não ser colocar em risco a segurança pública. Não passam de bandos amestrados, no mais das vezes sem ideologia e sem nenhuma significação. Além do que, foram capazes de ressuscitar os baderneiros “black blocs”. E os viúvos e as viúvas de Dilma os estão achando ótimos companheiros. Só que naquela mistura de inocentes úteis com vândalos – onde se meteu e teve a carteira furtada o ex-senador Suplicy; bem feito, excelência, da próxima vez escolha melhor as companhias! –, ninguém tem ideia do que seja ou um dia foi a direita e a esquerda. Nem Lula tinha. Era apenas um oportunista, que chegou ao poder e encantou-se com ele. Zé Dirceu e Zé Genoíno sabiam, mas se perderam no caminho.
“Eleições já”? Balela. Não há possibilidade legal e não ocorrerão. Só para prefeitos e vereadores, em outubro.
Ademais, suponhamos que fossem possíveis novas eleições presidenciais neste momento. Quais seriam os candidatos? Lula? Aécio? Renan? Serra? Alckmim? Marina? Eduardo Cunha? Collor? Lindbergh? Caiado, Grazziotin? Lewandowski? Eduardo Paes? Erundina? Marta Suplicy? Bolsonaro? Requião? Álvaro? Richinha? Maduro? Trump? Pobre Brasil! Não existem mais Getúlios, JKs, Lacerdas, Bilacs, Arinos, Tancredos, Ulysses, Covas, Montoros, Itamares, Aurelianos, Brizzolas, Arraes e Alencares Furtado. Nem mesmo Munhozes da Rocha, FHCs, Neys, Lerneres, Arzuas, Canets e Raizes…
Temer é a solução? Claro que não. Mas, que fazer? Desgraçadamente, temos de ir com ele até 2018. E torcer para que até lá novo Cristo caia do céu e concorde em habitar o Alvorada. Pena que Obamas só deem no Havaí.
Talvez tenha sido por isso que, do Vaticano, Francisco referiu-se ao triste momento por que passa o Brasil.
Já esteve pior, vossa santidade.