Por: José Aparecido Ribeiro
Embora tenha em seu quadro mais de 600 funcionários, incluindo 94 chefes, ou seja, um chefe para cada 6,5 funcionários, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital – SUDECAP, não consegue fiscalizar o serviço de recapeamento de buracos em BH.
A maioria das ruas da Capital recebem intervenções subterrâneas pela Copasa, Cemig, GASMIG, por operadoras de telefonia ou fibra ótica.
Depois que abrem e fazem suas manutenções ou intervenções, são obrigadas a recapear o asfalto devolvendo a municipalidade as ruas em boas condições de trafegabilidade.
Na prática, no entanto, isso não está acontecendo como deveria.
O número de “murundus” ou valas, fruto do serviço mal feito de empreiteiros sem compromisso com qualidade de seus serviços aumenta e a SUDECAP segue omissa sem exigir um serviço decente.
Ruas com pisos desnivelados causam prejuízos para os munícipes e diminuem a fluidez do tráfego, além de causarem desconforto para quem usa o transporte coletivo.
No mesmo compasso, as tampas de ferro de cabeça para baixo se multiplicam em períodos de chuva. Centenas de milhares permanecem viradas por anos, causando acidentes e prejuízos incalculáveis para a população.
Ao desviar de tampas de cabeça para baixo, os riscos de colisões aumentam para o motorista que dirige pelas ruas de BH. Basta uma chuva mais forte para as tampas de ferro virarem obstáculos.
Fica uma pergunta, o que fazem os 94 chefes e os 620 funcionários da SUDECAP?
Por que as empresas (empreiteiras) que abrem o asfalto da cidade não devolvem com a qualidade mínima necessária?
Por que a própria SUDECAP não cuida mais deste serviço, já que tem um quadro inchado e possívelmente ocioso?
Onde estão os fiscais pagos para zelar pelas ruas de Belo Horizonte garantindo serviços bem feito?
José Aparecido Ribeiro
Consultor em Assuntos Urbanos
Autor do Blog www.blogs.uai.com.br/sosmobilidadeurbana
CRA MG 08.00094/D