O deputado federal Rodrigo Pacheco (MG) é o nome do PMDB para disputar a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) nas eleições deste ano. O martelo foi batido na última quarta-feira com representantes da sigla e o vice-governador de Minas, Antônio Andrade (PMDB).
A campanha de Pacheco terá destaque pelo fato de ele ser uma “novidade” para vários eleitores da capital mineira. Advogado criminalista, Pacheco foi eleito em 2014, com 92.743 votos, para uma cadeira na Câmara Federal. O nome dele no lugardo também deputado federal Leonardo Quintão (MG), segundo fontes, foi um acordo entre os membros da bancada. Quintão irá assumir a presidência do PMDB na Câmara Federal, no lugar de Leonardo Picciani (RJ), novo ministro dos Esportes, do presidente em exercício, Michel Temer (PMDB).
De acordo com interlocutores ouvidos pelo JORNAL CORREIO ELETRONICO, a preferência por Pacheco também se deve à deterioração do nome de Quintão, que chegou a disputar as eleições de 2008 com o atual prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB). O desgaste também se deve ao fato de, em dezembro de 2015, ele ter sido escolhido para liderar o PMDB, com o apoio do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo de várias denúncias.
Com o cenário para as eleições de Belo Horizonte pluralizado, caciques do PMDB creem que a sigla terá vantagem. “Quanto mais nomes na disputa, melhor para o PMDB, teremos mais espaço. Porque o PT não tem condições de bancar um candidato. Com esse impeachment da Dilma, quem vier pelo PT será um fracasso. Talvez teremos uma disputa forte se o PSB sair com Paulo Brant, mas meu medo é que, se soltar ele na praça Sete, ele não vai saber ir a nenhum bairro”, disse, ironicamente, um peemedebista.
O ex-governador de Minas Newton Cardoso, que participou da reunião, confirmou que Rodrigo Pacheco será o pré-candidato do PMDB à PBH, mas disse que ainda não dá para fechar o nome de quem irá compor a chapa, que pode ser de futuras alianças. “Quem está vendo isso é o Antônio Andrade, não tem como dizer ainda”, afirmou. A reportagem tentou entrar em contato com Rodrigo Pacheco, mas as ligações não foram atendidas.
FONTE: O TEMPO
