Vereadores de Belo Horizonte devem anunciar pelo menos um nome para disputar a prefeitura nas próximas eleições municipais. Em café da manhã realizado nessa sexta (11) no hotel Ouro Minas, com 28 parlamentares , o presidente da Câmara Municipal, Wellington Magalhães (PTN), afirmou que, dentre os parlamentares presentes pode estar o próximo chefe do Executivo da capital.
“Muitas lideranças políticas têm realizado encontros sem convidar a Câmara, o que me deixa muito chateado. Nós temos papel fundamental nesse momento e estamos criando uma outra via para que o eleitor não tenha somente as mesmas opções de sempre. Afinal, as demandas principais da cidade passam por nós, que vivemos o dia-a-dia do município”, destacou.
Nas últimas semanas, aliados do grupo político do PSDB também realizaram reuniões na capital, com intuito de definir uma candidatura para dar continuidade ao trabalho feito pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB). O encontro realizado nessa sexta (11) pelos vereadores sinaliza uma possível pulverização de candidaturas, como estratégia para levar as eleições na capital para o segundo turno.
Para Magalhães, o momento de diálogo é essencial para que a escolha seja acertada. O vereador acredita que é possível definir um perfil de candidato que seja, ao mesmo tempo, político e técnico.
“Estamos iniciando um diálogo pois a imposição de nomes não funciona. Nas últimas eleições para o governo do Estado, o nome foi imposto e o candidato acabou não sendo eleito”, afirmou o parlamentar.
O presidente do PSDC em Minas, Alessandro Marques, também participou do encontro com vereadores e reforçou o apoio à indicação de um nome entre os parlamentares presentes. “Política é aliança e, por isso, precisamos nos unir. O presidente da Câmara tem conduzido esse processo muito bem e não tenho dúvida de que daqui sairá um bom candidato”, afirmou.
Críticas
Além dos vereadores, participaram do encontro os deputados federais Laudívio Carvalho (SD), Marcelo Álvaro Antônio (PR), Diego Andrade (PSD) e Luís Tibet (PTdoB). “Não podemos mais ser massa de manobra”, disse Tibet, lembrando a importância da escolha de um nome que esteja alinhado com os interesses da cidade.
Marcelo Álvaro Antônio também ressaltou a importância do nome entre os presentes. “A Câmara municipal jamais pode ser coadjuvante nesse processo de sucessão. Chega de gente vinda do interior para decidir o que a capital quer. Essa decisão é do povo de BH”, afirmou.
O vereador Léo Burguês (PSL) lembrou que entre os presentes no encontro havia representantes de vários segmentos. “Outros grupos políticos estão cogitando nomes dos quais nunca ouvi falar, mesmo morando há 46 anos na capital”, disse.
Além dos deputados, participaram do evento representantes de partidos que apoiam o grupo político, como PTN, PSDC, PROS, PSL, PV, PRP e PSC.