Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo do goleiro Bruno Fernandes e condenado a 15 anos de prisão por envolvimento na morte de Eliza Samudio, passará para o regime semiaberto. Ele também obteve os benefícios de saída temporária e trabalho externo.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a concessão da medida passa a valer a partir desta quarta-feira (1º). Mas para deixar a prisão durante o dia e retornar à noite, Macarrão precisa ser transferido de unidade prisional e comprovar que conseguiu um emprego externo, segundo o tribunal.
Macarrão teve 425 dias da pena perdoados após trabalhar 1.134 dias e concluir 570 horas de estudo entre outubro de 2011 e setembro de 2015, conforme informou a Justiça.
Em 23 de novembro de 2012, o amigo do goleiro Bruno foi condenado a 12 anos em regime fechado por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima – e mais três anos em regime aberto por sequestro e cárcere privado. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.
Macarrão está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que é um complexo de segurança máxima e não tem detentos no regime semiaberto.
Caso Eliza Samudio
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi encontrado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Em março de 2013, Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem. Ele foi sentenciado a 22 anos e três meses de prisão pela morte e ocultação do cadáver de Eliza, além do sequestro do filho da jovem.
A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi julgada na mesma ocasião, mas foi inocentada pelo conselho de sentença. Macarrão e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, já haviam sido condenados em novembro de 2012.
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos foi condenado a 22 anos de prisão. O último júri do caso foi realizado em agosto de 2013 e condenou Elenilson da Silva e Wemerson Marques, o Coxinha, por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza Samudio com Bruno. Elenilson foi condenado a 3 anos em regime aberto e Wemerson a dois anos e meio também em regime aberto.