-
Jornalista Geraldo Félix
A final da Superliga Masculina de Vôlei agitou a manhã deste domingo no ginásio Nilson Nelson, em Brasília, com um jogo eletrizante entre as equipes do Sada Cruzeiro e Brasil Kirin. Após longos rallys e parciais cheias de equilíbrio, foi a equipe mineira que conseguiu ficar com o título, ao vencer por 3 sets a 1, em parciais de 23/25, 25/23, 25/15 e 30/28.
No set que abriu a grande decisão, foi a equipe do Brasil Kirin que conseguiu sair na frente, apesar de uma parcial bastante disputada. O placar chegou a ficar em 22 a 22, no entanto, o time de Campinas esteve mais eficiente nos pontos finais para fechar a conta em 25 a 23.
Sem se intimidar, o Sada Cruzeiro reagiu na etapa seguinte, e conseguiu triunfar após outro set marcado por um grande equilíbrio entre as duas equipes. Apesar da grande resistência do time paulista, os mineiros conseguiram o ponto definitivo em ace de Éder para fazer 25 a 23.
Foi só na terceira parcial que o desempenho dos dois lados se apresentou de maneira mais desigual. Contrariando o jogo extremamente acirrado dos sets anteriores, esta etapa teve boa superioridade dos cruzeirenses, que abriram boa margem no placar desde o início e administraram a vantagem para selar um 25 a 15 e virar na contagem geral.
Sabendo que não poderia perder o set seguinte ou sairia derrotado da finalíssima, o Campinas voltou para o jogo na quarta parcial, que novamente proporcionou uma emocionante disputa ponto a ponto entre as equipes. No final, o poder de decisão do agora tetracampeão brasileiro definiu o 30 a 28 a favor dos cruzeirenses, que garantiu a conquista.
O grande destaque da partida foi o cubano, naturalizado brasileiro, Leal. Ele saiu de quadra como o maior pontuador da partida, mesmo jogando o set decisivo sofrendo com câimbra. A partida teve quase todos os sets disputados ponto a ponto, exceto a terceira parcial vencida com muita tranquilidade pelo Cruzeiro com dez pontos de vantagem. Nas demais, a decisão ficou sempre para a últimas bolas.
Em determinado momento do duelo, o clima esquentou entre os jogadores dos dois times. O motivo foi uma provocação feita por Leal. Leal conseguiu a naturalização brasileira durante o ano de 2016, mas não poderá ser convocado pela seleção brasileira devido ao regulamento da Federação Internacional de Vôlei (Fivb) que só libera jogadores naturalizados nos times dois anos após conseguir a cidadania.