Os quatro grandes do Rio de Janeiro e São Paulo e os dois grandes de Minas Gerais e Rio Grande do Sul possuem, juntos, 127,8 milhões de torcedores, segundo a recente pesquisa do Ibope divulgada pelo diário Lance!.
Isso significa mais de 50% da população brasileira. Porém, desses quase 130 milhões de torcedores, menos de 0,5% possui um plano de sócio-torcedor.
Por outro lado, mesmo sendo baixo o número de adesão dos sócios, ele é um bom parâmetro para projetar quanto cada clube poderia ainda ganhar com a receita da fidelização.
Em Minas
Os rivais Atlético e Cruzeiro poderiam se favorecer caso potencializasse seus torcedores mensalistas.
Atualmente, o alvinegro vive uma queda no seu programa Galo na Veia Preto, mas tenta manter o número de associados com uma breve abertura de venda online de ingressos para a modalidade Galo na Veia Prata.
O Cruzeiro é o terceiro clube brasileiro com maior número de sócios. Cerca de 1% de sua torcida participa de algum programa de vantagens para frequentar o Mineirão. Entretanto, caso tivesse o mesmo percentual do Inter, conseguiria lotar o Gigante da Pampulha duas vezes (136 mil sócios) e arrecadaria R$ 27 milhões a mais por ano.
Número europeus
O Internacional é o atual parâmetro nacional para analisar a capacidade dos sócios em viabilizar receita. Mas não por muito tempo.
Para o gerente de marketing corporativo da Ambev, responsável pelo Movimento por um Futebol Melhor da Ambev, Rafael Pulcinelli, um dos objetivos é ver os clubes brasileiros se aproximando dos 4% torcida/sócio que tem o Benfica, de Portugal, dono de 220 mil associados.
“Não é uma realidade tão longe (atingir o Benfica). Temos ótima relação com os clubes, que viram diretamente nas receitas a ajuda que o nosso projeto é capaz de dar”, disse.