Começou há pouco a convenção nacional do PMDB, neste sábado, em Brasília. O ex-ministro Eliseu Padilha, secretário-executivo do partido, foi responsável por oficializar a abertura do evento. Padilha anunciou o cronograma das atividades e declarou a abertura das votações para definir o novo diretório nacional da sigla. Durante os discursos, a plateia gritou “Fora Dilma” em vários momentos.
Se a primeira mulher presidente da República perde as condições de ir à televisão no Dia Internacional da Mulher com medo de que as panelas pipoquem, que autoridade de governança tem mais?”, questionou o primeiro secretário do partido, Geddel Vieira Lima, ex-ministro do governo Lula. Ele foi um dos presentes que defendeu o rompimento “imediato” do PMDB. Nas redes sociais, o secretário também convoca os seguidores para os protestos de amanhã contra o governo.
Outro filiado ao partido que também defendeu o rompimento do PMDB com o governo foi o deputado federal Valdir Colatto. “A decisão de sair do governo é a coisa certa a fazer. Vamos apoiar Michel Temer”, disse.
Durante a convenção, além de eleger a nova liderança da legenda, os peemedebistas discutirão moções polêmicas como a saída do PMDB do governo. A expectativa é de que o atual presidente nacional da sigla, Michel Temer, vice-presidente da República, seja reeleito. O resultado da eleição da executiva será divulgado no fim do dia.
Segundo alguns líderes do PMDB, a convenção nacional deste sábado pode representar o ponto de partida do desembarque do governo da presidente Dilma Rousseff. Diversas correntes já estão apresentando moções contrárias ao governo. Depois disso, o diretório vai definir um prazo para análise, que deve ocorrer em até um mês.
Também estarão presentes no evento o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o ex-presidente da República José Sarney (AP), que deve ser eleito presidente de honra da sigla. O PMDB tem atualmente, além da vice-presidência, seis ministérios sob seu comando – as pastas da Saúde, Ciência e Tecnologia, Minas e Energia, Agricultura, Turismo e também de Portos. Se o desembarque se confirmar, os ministros serão orientados a deixar as respectivas pastas.
Com Agência Estado