Opinião

Ocupação nos hotéis tem alta após Copa, mas taxa de ISS trava setor

3 Min leitura

A taça da Copa do Mundo foi embora com a Alemanha, e ficaram para os empresários do setor turístico um questionamento: o que fazer com tantos hotéis construídos em BH?

Patricia-Coutinho-2-1024x722Presidente da ABIH-MG: “Precisamos acelerar a construção
do aerotrópolis e criar um táxi lotação” (Foto: Felipe de Jesus)
*Jornalista
Felipe José de Jesus ))

No entanto, o ramo que estava bem pessimista em relação à ocupação desses locais ainda está no ritmo do Mundial, já que a procura continua forte mesmo quase 2 meses após o fim do evento.

Em entrevista, a presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-MG), Patrícia Coutinho, diz que a média está melhor do que o esperado, porém, ela afirma que se a prefeitura abaixasse o valor do Imposto Sobre Serviço (ISS), o setor poderia lucrar ainda mais. “Nossa taxa de ocupação está em 55%. Não é a média ideal, mas estamos um pouco melhor do que em 2013. Pagamos uma taxa de 5%, enquanto têm cidades que pagam 2%. O turismo precisa ser encarado como uma indústria, pois emprega muita gente”, defende.

 

Depois da Copa do Mundo, a ocupação dos hotéis tem alcançado o índice esperado?

O índice está melhor do que o esperado e não nos decepcionamos. Hoje não temos hotéis vazios na capital mineiro e podemos comprovar isso, pois verificamos diariamente os números de ocupação. Neste mês, a nossa taxa está em 55%, não é a média ideal, mas se olharmos a medição do ano passado, ela se manteve quase no mesmo patamar. Não podemos esconder que no mesmo período em 2012, tivemos um índice maior, 60%, mas foi um período de ‘boom’ no setor.

 

Não foram construídos muitos hotéis em BH? O que o setor vai fazer para atrair os turistas já que o Mundial acabou?

Temos, neste momento, 12.838 quartos de hotéis. Um estudo na pré-Copa em 2011 mostrou que seria necessário quase 13 mil. Isso quer dizer que suprimos então a carência, ou seja, não construímos nada fora da realidade. Ainda temos mais 15 hotéis para serem inaugurados. Se estabilizássemos no número que temos hoje, já era um ponto positivo. O que as entidades ligadas ao turismo estão tentando é atrair cada vez mais novos eventos para a cidade. BH mudou de uns anos para cá e, no turismo, estamos crescendo cada dia mais. A nossa hotelaria pode ser comparada a níveis internacionais.

 

O que BH precisa fazer para manter os hotéis em alta?

Existem diversas ações como: baratear os transportes para quem desembarca em Confins, ou seja, o governo deveria olhar melhor sobre a frota dos táxis que fazem esse serviço, diminuindo o valor cobrado, principalmente para quem vem a trabalho. Seria importante estimular novos voos para Belo Horizonte e acelerar a construção do aerotrópolis, (meio que propõe a combinação de um aeroporto gigante com facilidade de condução para centros de negócios). Além de criar também um táxi lotação.

 

Em sua opinião, o que pode ser feito para atrair mais eventos?

Além de melhorar o transporte, nós temos que trabalhar para fortalecer o setor. A capital mineira tem um turismo de negócios muito forte. Antes éramos carentes de locais para receber pessoas de fora e, muitos eventos deixavam de ser sediados aqui, pois tínhamos que esperar meses na fila para conseguirmos uma vaga no Expominas. Hoje temos diversos hotéis e isso foi um ponto positivo após a Copa. Os estrangeiros começaram a olhar para a cidade com foco nos bons negócios.

 

Como está o mercado para quem atua em hotelaria e o que ainda trava o crescimento do setor?

O mercado está bom, mas ainda enfrentamos um problema sério que é o Imposto Sobre Serviço (ISS), cobrado pela prefeitura. Precisamos que ela abaixe a taxa, pois pagamos 5% e existem outras cidades que oferecem turismo, mas que pagam apenas 2%. Isso vem atrapalhando muito o nosso turismo. A prefeitura poderia priorizar o turismo como uma grande fonte de renda, pois ela envolve vários elementos e uma cadeia de serviços. Tinha que ser encarada como uma indústria, pois emprega muita gente.

 

Como você avalia o trabalho do setor hoteleiro da cidade durante a Copa do Mundo?

Foi bom e sem maiores percalços. Só que tivemos alguns problemas, porque noticiaram que os bares lucraram muito. No entanto, alguns não eram turísticos e não faturaram, pois não estavam na rota como a Savassi, Sion e etc. Em relação à hotelaria, eu acredito que poderia ter sido muito melhor. O resultado foi positivo, mas é preciso continuar trabalhando para manter este status que alcançamos com o estrangeiro por meio da Copa do Mundo.

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