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Crítica Musical: Sheryl Crow: ‘Be Myself’ reforça a origem country da musa do Rock

3 Min leitura

Novo álbum traz referências do seu segundo disco de 1996; Trabalho mostra a
maturidade da cantora que é elogiada por nomes da música brasileira;
A excelência vocal de Sheryl Crow chama atenção

Sheryl Crow em 2017
(Foto: Arquivo Sheryl Crow)

*Coluna
*Jornalista
*Felipe José de Jesus
*?Avaliação do álbum: Três estrelas
*?Avaliação máxima: Cinco estrelas

No ano de 2001 o Brasil sediaria novamente o “Rock In Rio” que foi realizado em 1985 e 1991 com grandes atrações musicais. Nessa nova edição, nomes atuais do Rock estariam pisando no evento e me recordo bem que o Fantástico, ou se não engano o Jornal Nacional (JN) fez uma série de entrevistas com bandas nacionais para saber o que eles achavam das atrações que viriam para o Brasil. Todos elogiaram a estrela do Rock, Sheryl Crow, que até então tinha vendido 4 milhões cópias do seu segundo trabalho. O disco Sheryl Crow (1996) vendeu tanto que foi totalmente colocado na trilha sonora do filme “Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento” estrelado pela atriz Julia Roberts.

Após 16 anos de sua visita ao Brasil em 2001 no Rock In Rio 3, Sheryl Crow retorna ao cenário musical com “Be Myself” (2017) seu 9º disco que traz 11 novas canções todas composta e escritas por ela em parceria com Jeff Trott, que produziu  “The Globe Sessions” (1998), favorito da crítica, e o ensolarado “C’mon C’mon” (2002).  O disco traz em suas canções a velha guitarra de Sheryl e batidas country de primeira qualidade para os amantes do estilo. No entanto, o álbum não tem nenhuma aproximação com aquele estilo repetitivo dos discos de Alan Jackson, o maior “countryman” da história. Nesse novo trabalho a cantora reúne suas raízes country e as claras influências do Rock dos anos de 1970 regradas a Neil Young e outras bandas como Rolling Stones que até hoje fazem um som mais “cru”, sem muita utilização de elementos eletrônicos. “Tenho muito do country, mas não é mais o mesmo que cresci ouvindo”, disse Sheryl Crow em entrevista recente a Folha de São Paulo.

Entre as novas canções de Be Myself (2017), as quatro primeiras Alone In The Dark; Halfway There; Long Way Back e Be My Self que intitula o álbum álbum talvez seja a balada mais country do disco. Já as demais canções seguem a linha já conhecida nos trabalhos de Sheryl Crow como em seus dois primeiros discos Tuesday Night Music Club (1993) e Sheryl Crow (1996). O único problema de Be My Self (2017) para quem estava acostumado com seus últimos trabalhos de estúdios é que ele é carregado de guitarras e traz bem menos canções “chicletes”. Stranges Again e Rest Of Me também valem a pena ser escutadas.

Nesse novo CD ela valoriza os vocais (que inclusive estão impecáveis) e exalta um certo romantismo sem deixar de lado o bom Rock. Não é possível encontrar no novo álbum canções próximas a “All I Wanna Do” (1993) e “A Change Would do You Good” (1996), mas para os ouvintes mais assíduos da cantora é fácil perceber a que ela revisita alguns álbuns não tão famosos como Detours (2008) (que para mim é um dos mais Rock da cantora) e se afasta um pouco daquela fórmula utilizada em C’mon,C’mon (2002) e Feels Like Home (2013), que traz pelo menos quatro a cinco canções Pop e uma Sheryl Crow parecidíssima com Britney Spears e Christina Aguilera. Em meio a tanta tecnologia sendo utilizada pelos artistas para gravar seus discos, é bom ver que a cantora se afasta um pouco disso e mantém viva, por exemplo, sua voz que é inconfundível e bem trabalhada desde a época em que ela era backing vocal do cantor e compositor Michael Jackson durante a turnê mundial do álbum Bad (1987).

Semelhanças ????

As referências do novo trabalho com o seu segundo álbum de 1996 podem ser pelas semelhanças da capa e pela tonalidade de cores utilizadas para as fotos do novo trabalho. Mas sua aproximação se da também pelas canções e pela fase sem amarras com compromissos de gravadoras e pelo o que percebi, pela liberdade e pelas canções que vem de suas influências quando criança. Um disco que vale a pena ser escutado tanto pela maturidade quanto pela estética Rock And Roll imprimida no disco. Para os que não conhecem tanto o trabalho e cantora, vale revisitar alguns trabalhos mais antigos, já para os que já conheciam o trabalho da cantora, Be Myself (2017), mostra que a cantora está melhor do que nunca e em tempos de música digital, mais focada no bom trabalho que nos números de vendas.

Avalio o disco “três estrelas” porque com tanto tempo de carreira, acredito que Sheryl Crow poderia ter trago algumas participações para esse novo trabalho como Noel Gallagher, ex-guitarrista do Oasis e outros nomes que são amigos dela. Ela têm a “moral” na música mundial e nomes importantes da música brasileira como os Paralamas do Sucesso fizeram questão de lembrar isso quando ela veio ao Rock In Rio 3. E você, o que achou do novo trabalho da cantora Sheryl Crow? Até a próxima coluna Crítica Musical.

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