O uso intenso das redes sociais na campanha presidencial deste ano trouxe de volta personagens que dominaram o noticiário nas eleições passadas. Em 2010, o filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luiz Lula da Silva, conhecido como Lulinha, morava em um apartamento nos Jardins, área nobre de São Paulo, cujo aluguel, de R$ 12 mil mensais, era pago por um amigo, o empresário Jonas Leite Suassuna Filho. Durante a campanha pela sucessão de Lula, vencida por Dilma Rousseff, o fato ocupou páginas do noticiário nacional.
Agora, Fábio Luiz mora em Moema, também região de classe alta da capital paulista, em um apartamento que pertence ao mesmo Jonas Suassuna e que, se alugado, renderia R$ 35 mil mensais. Somado às despesas com condomínio e IPTU, o gasto com a moradia chegaria a R$ 39 mil. De acordo com matéria publicada na imprensa nacional, em 2010 Lulinha era sócio em seis empresas. Quando Lula foi eleito pela primeira vez, no entanto, ele trabalhava no zoológico e recebia um salário de R$ 1.300.
O filho do ex-presidente leva uma vida de luxo. Vizinhos contam que o apartamento é constantemente visitado por uma massagista particular e um personal trainner. O apartamento em que Lulinha mora com a família tem piscina, banheira de hidromassagem e sauna. O proprietário do apartamento, Jonas Suassuna foi apontado em 2010 como locatário do imóvel em que o filho de Lula morava, nos Jardins. De acordo com outros moradores do prédio e de edifícios vizinhos, é comum vê-lo dirigindo carros de luxo, como Santa Fé, que possui, além de outros pertencentes ao amigo empresário: Ferrari, Porsche e Lamborghini.
Em maio deste ano, o jornal “O Globo” publicou matéria citando uma investigação da Polícia Federal sobre enriquecimento ilícito de Fábio Luiz. Ele fora visto, em 2008, em Foz do Iguaçu, supostamente negociando com diretores da Usina Hidrelétrica de Itaipu, quando Lula era presidente da República. O documento da PF está protegido por sigilo. De acordo com a reportagem, ele se encontrou com o presidente de Itaipu, Jorge Samek, com quem foi jantar em um país vizinho.
A fortuna de Lulinha pode ter começado em 2005, quando a Telemar pagou R$ 5 milhões para virar sócia minoritária da Gamecorp, uma das empresas criadas pelo filho de Lula. À época, perguntado sobre a oferta feita a Lulinha, o então presidente Lula respondeu; “Que culpa tenho eu se meu filho é o Ronaldinho dos negócios?”.