A presidente Dilma Rousseff acertou, nesta quarta-feira (16), a ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Secretaria da Casa Civil da Presidência da República. Lula vai ocupar o lugar deixado por Jaques Wagner, que estava no comando da pasta desde outubro do ano passado.
O acordo foi selado após reunião no Palácio da Alvorada, com as presenças dos ministros Nelson Barbosa (Fazenda) e do próprio Jaques Wagner, que agora vai ocupar a chefia de gabinete de Dilma. Dois líderes do PT confirmaram a informação. O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse no Twitter que “Jaques Wagner, no dia do seu aniversário, mostra grandeza e desprendimento ao deixar a Casa Civil! Lula novo ministro da Pasta”.
O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), também confirmou a informação. Com a nomeação, Lula está de volta ao Poder Executivo desde quando deixou a Presidência da República, em dezembro de 2010. Havia a possibilidade de Lula ir para a Secretaria de Governo, que foi criada a partir da fusão entre a Secretaria-Geral da Presidência e da Secretaria de Relações Institucionais, quando Dilma cortou ministérios e juntou algumas secretarias.
Na terça-feira (15), Lula se reuniu, no Palácio do Planalto, por mais de quatro horas com a presidente Dilma Rousseff e, na manhã desta quarta, voltou ao palácio, por volta das 9h. Também estão no Alvorada os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Educação, Aloizio Mercadante.
Desde terça, a possibilidade de Lula ser nomeado ministro de Dilma repercute entre deputados favoráveis e contrários ao governo. Os petistas apoiam a iniciativa por conta da habilidade política do ex-presidente, enquanto os oposicionistas classificam a hipótese como tentativa de blindá-lo das investigações da Operação Lava Jato.